Realizou-se ontem a 2.ª edição da Marchinha dos Fortes, organizada pelo Município de Sobral de Monte Agraço, que contou com o apoio da Associação de Cultura e Recreio 13 de Setembro de 1913 e da Rota Histórica das Linhas de Torres.

Dedicada aos mais novos e às suas famílias, a Marchinha desafiou 50 participantes a percorrer 4 km pelos trilhos do Circuito de Visita do Alqueidão, num percurso que uniu história, natureza e valores de cidadania.

Ao longo da manhã, os jovens marchantes puderam descobrir a fauna e flora da Serra, cruzar-se com o Corpo de Artilharia de Sobral e com a sempre vigilante Guerrilha de Montagraço, revivendo episódios do passado que marcaram a defesa do território português.

Entre trilhos, encruzilhadas e troços da antiga estrada militar, os participantes tornaram-se verdadeiros marchantes pela paz, lembrando que as Linhas de Torres Vedras são hoje não só um símbolo de resistência, mas também um convite à união e à harmonia entre povos.

Depois de visitarem o majestoso Forte do Alqueidão, descobriram o acolhedor Forte do Simplício, onde foram recebidos por soldados que lhes revelaram curiosidades sobre a vida militar e os segredos guardados nas mochilas de campanha.

Antes da meta, os pequenos marchantes deixaram a sua “pegada verde”, com a plantação de árvores autóctones – um gesto simbólico para lembrar o sofrimento causado ao povo português pela “política da terra queimada” como técnica de defesa, mas também de esperança e compromisso com o futuro.

E porque hoje, 20 de outubro, se assinala o Dia Nacional das Linhas de Torres, a Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço e a Associação de Cultura e Recreio 13 de Setembro de 1913  convidam todos a juntarem-se à celebração que decorrerá mais logo, às 21h00, na Praça Dr. Eugénio Dias, num tributo à paz, à história e à memória viva da nossa terra.

Esta cerimónia celebrará a coragem e a resistência do povo português na defesa da sua liberdade, mas também os 10 anos da criação do grupo de recriação histórica “Guerrilha de Montagraço”, da Associação de Cultura e Recreio 13 de Setembro de 1913, que tem mantido viva a memória e o espírito das Linhas de Torres.

Por fim, será ainda um momento de homenagem a Sónia Ribeiro, cuja força, dedicação e exemplo continuam presentes em todos os que partilham da sua paixão pelo associativismo, pela cultura e património e pela comunidade sobralense.

Porque há pessoas que, mesmo quando partem, permanecem connosco na forma como inspiram a construir um mundo mais justo e mais participado.