Sobral de Monte Agraço acolheu a assinatura do protocolo de adesão ao CISOC
- Em 12 Julho, 2025
Sobral de Monte Agraço recebeu, esta sexta-feira, a cerimónia de assinatura do protocolo de adesão da Rota Histórica das Linhas de Torres à Carta de Princípios do Compromisso de Impacto Social das Organizações Culturais (CISOC), uma iniciativa promovida pelo Plano Nacional das Artes.
O momento decorreu no Cine-Teatro de Sobral de Monte Agraço, tendo início com as palavras do presidente da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço e da Direção da Rota Histórica das Linhas de Torres, José Alberto Quintino. A sua intervenção foi precedida de sentido tributo a Sónia Ribeiro, membro dos grupos de recriação histórica Companhia de Artilharia de Sobral e Guerrilha de Montagraço, cuja dedicação à memória coletiva e ao associativismo cultural foi recordada com profunda gratidão.
A adesão à Carta de Princípios do Compromisso de Impacto Social das Organizações Culturais, nas palavras do senhor presidente “representa não apenas a afirmação de um conjunto de valores que partilhamos, mas também um ponto de partida para novas formas de agir, pensar e medir o nosso impacto cultural. Trata-se de um compromisso com a cultura enquanto bem comum e com a transformação positiva das comunidades onde atuamos. Ao aderirmos ao CISOC, a Rota Histórica das Linhas de Torres reforça o seu posicionamento como uma rede cultural e patrimonial empenhada em práticas de governança participativa, ética e transparente.” Concluiu a sua intervenção agradecendo ao Plano Nacional das Artes por reconhecer o potencial da Rota Histórica das Linhas de Torres enquanto agente transformador nos territórios, às coordenadoras intermunicipais do PNA, pela articulação entre o Plano e os territórios, e naturalmente a todos os municípios que integram a RHLT pela disponibilidade, visão e coesão demonstradas neste processo.
Seguiu-se a intervenção do Comissário do Plano Nacional das Artes, Paulo Pires do Vale, que apresentou os princípios e objetivos do CISOC, destacando o papel da cultura como fator de coesão social, cidadania e transformação comunitária. Referiu, ainda, de que forma as organizações culturalmente responsáveis podem contribuir para a valorização, diversidade dos públicos, promoção da inclusão, acessibilidade física, intelectual e digital, diálogo com as comunidades locais e educativas, assumindo um compromisso com a sustentabilidade ambiental e social.
O protocolo foi assinado por José Alberto Quintino e por Paulo Pires do Vale, na presença de Ana Umbelino (vice-presidente) e Manuela Ralha (tesoureira) da Direção da RHLT, bem como do vereador António Alberto, em representação do Município da Lourinhã, um dos oito municípios parceiros da Rota.
Esta adesão insere-se num processo mais vasto de fortalecimento da governança cultural da RHLT, que procura reforçar o compromisso da rede com práticas culturais participativas, inclusivas e socialmente relevantes. Representa não só a partilha de valores entre os parceiros da rede, como também um ponto de partida para novas formas de agir, pensar e medir o impacto cultural no território.
No final da cerimónia, os presentes foram convidados a visitar o Centro de Interpretação das Linhas de Torres de Sobral de Monte Agraço, concluindo a visita com um brinde de honra, como forma de reafirmar o compromisso partilhado e o papel da cultura enquanto motor de desenvolvimento social.
A adesão ao CISOC representa um marco importante na consolidação da Rota Histórica das Linhas de Torres como estrutura coesa e ativa na promoção da cidadania, da cultura e da coesão territorial. Permitirá, ainda, capacitar os dirigentes e técnicos dos seis Centros de Interpretação das Linhas de Torres (Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira), do Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro e do Núcleo Interpretativo da Batalha do Roliça, em práticas de escuta ativa, trabalho em rede e avaliação do impacto cultural e social.
Com esta assinatura, a Rota Histórica das Linhas de Torres reforça a sua missão enquanto parceiro estratégico de políticas públicas nacionais e europeias, com uma visão centrada nas pessoas e no território.
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